Feedback como importante ferramenta para obtenção de resultados
Como
líderes e gestores, nossa árdua tarefa diária é obter resultados através da
construção e manutenção de relacionamentos. Trata-se da nossa capacidade de
influenciar pessoas (equipes) para materializar nossos projetos, através da
performance de cada colaborador que compõe o nosso time. Deve-se entender aqui
que a comunicação é a principal ferramenta para o líder.
A
comunicação assertiva permite que o líder consiga desenvolver, por exemplo, a
competência de relacionamento interpessoal, que é uma valiosa aliada para a
mudança de comportamento dentro do ambiente de trabalho. Essa comunicação
possibilita que informações e dados sejam transmitidos ao colaborador, de modo
a facilitar a compreensão sobre como suas ações podem afetar outras pessoas e
os resultados dentro da empresa.
Para
tanto, o feedback é uma arma poderosa para reformular comportamentos e otimizar
a performance do colaborador. Sua atuação é de importância ímpar para a
melhoria constante através comunicação, visando aperfeiçoamento no desempenho e
ganho de resultados.
Mas, o
que é o feedback propriamente dito? Quais são os tipos de feedback? Por que precisamos
tanto do feedback?
Rapidamente
definindo, é a comunicação atuando como base nas relações interpessoais. Nos
dizeres de Eliana Pita “é o processo de fornecer informações com o objetivo de
melhorar o desempenho futuro do indivíduo ou do grupo”.
É uma
técnica empregada de forma a melhorar a performance, sendo negativos ou
positivos, para que assim, a partir de uma avaliação se possa alavancar a
entrega de resultados. O seu intuito é aprimorar habilidades, motivar, definir
comportamentos e em larga escala proporcionar o crescimento das relações
pessoais entre os colaboradores e clientes.
Pode-se
dizer que para isso o feedback pode ser passado de duas formas distintas: como
reconhecimento e como corretiva.
No
primeiro molde se busca dar retorno ao colaborador, demonstrando que seu
trabalho está seguindo corretamente as diretrizes passadas. O seu desempenho
está de acordo com a cultura da empresa e seus atos trazem como consequência
bons resultados. O colaborador está, então, atingindo as expectativas.
A segunda
forma é o que chamamos de feedback corretivo. É justamente, quando o
colaborador não atende as expectativas do que é demandado. O seu desempenho não
está em consonância com as funções e metodologias de trabalho do cargo. Ou
seja, sua performance está deixando a desejar. Dependendo da situação pode ser
não apenas no que diz respeito ao resultado ou a sua parte técnica, mas talvez
um problema inerente ao seu comportamento.
O porquê
de precisarmos de feedback, talvez seja a mais simples das questões. É
necessário para o desenvolvimento. Na nossa vida seja qual for a atividade que
desempenhamos sempre fazemos interiormente, nosso eu-lírico, perguntas para nós
mesmos, “Como estou me saindo? O que será que meus pais vão achar disso? O que
será que meu professor vai achar deste trabalho? O que será que meu líder vai
achar desta ideia?”. São perguntas que desejamos um retorno, positivo ou
negativo. E isto não é diferente no nosso labor diário.
O momento
do feedback é quando o líder chama seu liderado para uma conversa franca. E
aqui é o momento de comunicação franca mesmo. Comunicar-se não é apenas falar e
ouvir. Comunicação é se fazer entender. A sinceridade no momento do feedback é
fundamental.
O direito
a verdade é do receptor da mensagem. Não devemos tolir daquele que recebe o
feedback todas as informações que lhe são inerentes. Nossa percepção deve ser
repassada de forma sincera e objetiva. É como segurar um espelho diante daquele
que receberá o feedback. A sinceridade serve para ajudar o colaborador a se ver
como outras pessoas o veem.
O outro
lado da moeda do feedback é como será a reação daquele que recebe. Existem
aqueles que não gostam do feedback. É natural do ser humano temer o que vai
ouvir. Sua atitude imediata é pensar que a percepção que temos de nós não é
aquela que está sendo repassada. Ou seja, a tendência natural é de se
autopreservar e deformar a percepção que temos de nós mesmos para saciar o
sentimento de satisfação e conforto, uma autodefesa.
É preciso
saber lidar com isso. Aquele que dá o feedback não é responsável pelo
sentimento dos outros, mas pelas palavras proferidas e na forma que isso se dá.
Por outro lado, aquele que recebe feedback deve se assegurar de colocar suas
emoções de lado e ouvir o que é apresentado.
Ouvir é
exatamente o que falamos acima acerca da comunicação e do entendimento. Muitos
criam uma barreira em receber adequadamente o feedback porque justificam o
problema apresentado, com outro. Tomam como verdade que não tem nenhuma
responsabilidade no fato que deu base ao feedback.
É,
portanto, extremamente importante que aquele que recebe o feedback enfrente com
valentia o problema. Torna-se muito mais fácil buscar a compreensão da situação
para assumir o controle. Como seres humanos defectíveis e imperfeitos é preciso
aceitar a condição humana de termos o direito de errar e, mais ainda, aceitar o
momento do feedback como uma chance de se aprimorar.
Em nossas
vidas o nosso tempo é em maior parte compartilhado com pessoas. Estamos em
grande parte do nosso cotidiano em conversas formais, reuniões, trocando
e-mails, falando com pais, namoradas, esposas, maridos, até nas famosas
conversas de corredores.
Nas
empresas e como gestores não é diferente. Tratamos diariamente com
relacionamentos. O avanço interpessoal através de feedback faz a máquina
funcionar mobilizando pessoas. O feedback é a comunicação capaz de incentivar,
criticar e traduzir a boa prática e objetivos da empresa.
Onde
existem pessoas, existe comunicação, existem falhas, mal entendidos e
necessidades. O feedback é a ferramenta mais adequada para dar requinte, aparar
arestas, melhorar desempenhos e gerar resultado.
Por Fernando Teixeira
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